Jornalista Prémio Nobel atacado em comboio em Moscovo
O jornalista russo Dmitry Muratov, um dos vencedores do Prémio Nobel da Paz 2021, foi atacado num comboio em Moscovo, por um cidadão que lhe atirou tinta vermelha, gritando: “Isto é pelos nossos rapazes”.
Através da rede social Telegram, o jornalista explicou o sucedido, partilhando fotografias, e afirmando que a tinta lhe havia afectado a visão.
Muratov é o editor do jornal independente “Novaya Gazeta”, uma das últimas publicações russas críticas de Vladimir Putin, que foi obrigada a suspender a sua actividade, após o Kremlin ter apertado a censura à imprensa, no contexto da guerra na Ucrânia.
Logo após o eclodir do conflito, o “Novaya Gazeta” começou por retirar alguns dos seus conteúdos, uma vez que o governo criminalizou a disseminação de “notícias falsas”.
Ainda assim, este jornal recebeu uma notificação do regulador dos “media”, Roskomnadzor, que proibiu a redacção de narrar os acontecimentos da guerra.
Mais tarde, depois de Muratov ter entrado em contacto com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o jornal recebeu um segundo aviso, obrigando à suspensão da sua actividade.
Entretanto, a equipa daquela publicação anunciou o lançamento do “Novaya Gazeta Europe”, cujo funcionamento será assegurado por ex- jornalistas do título russo, que conseguiram refugiar-se noutros países.
Abril 22
O editor-executivo desta iniciativa, Kirill Martynov, explicou que o novo título irá funcionar de forma independente.
O “Novaya Gazeta” foi criado em 1993, após o desmantelamento da União Soviética, e distinguiu-se pelas suas investigações sobre corrupção, tanto na Rússia, como noutros países.
Muratov, o editor desta publicação, recebeu o Prémio Nobel da Paz 2021, juntamente com a jornalista filipina Maria Ressa. No mesmo ano, o “Novaya Gazeta” afirmou que os seus escritórios haviam sido alvo de um “ataque químico”.
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