Jornalista Germano Silva doutorado “honoris causa” pela Universidade do Porto
Não admira, por isso, que entre os presentes na homenagem houvesse gente da cultura ao desporto, da política ao mundo académico, sem esquecer colegas de profissão.
O jornalista e historiador tornou-se 92.º doutor honoris causa da Universidade do Porto e juntou-se a um leque de personalidades do qual constam figuras como Eugénio de Andrade, Agustina Bessa-Luís, Vasco Graça Moura, Jean-Claude Juncker, Jorge Sampaio ou Marcelo Rebelo Sousa.
O elogio da obra do historiador esteve a cargo de Luís Miguel Duarte, com o apadrinhamento do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, anterior bispo do Porto.
“Setenta anos depois, esse rapaz é este homem de cabelos brancos”, disse Germano Silva durante o discurso de agradecimento. “Como foi possível chegar até aqui?”, questiona-se o “eterno aprendiz de jornalista”, como se considera, afirmando que “o jornalismo nasce e morre todos os dias”.
Germano Silva iniciou o seu percurso no mundo do jornalismo, em 1956, como colaborador desportivo no “Jornal de Notícias”, sendo mais tarde admitido nos quadros redatoriais. Um dia – como conta ainda o Expresso online - foi-lhe dito pelo editor: “só serás um bom repórter se conheceres bem a cidade”. E esse foi o ponto de viragem na vida de Germano Silva, que passou a percorrer todas as ruas, todos os recantos, à procura de histórias para contar. Assim se fez historiador. Assim se tornou num contador de histórias como poucos.
Germano Silva possui uma vasta bibliografia sobre o Porto, organiza regularmente visitas guiadas pela cidade, conta com seis décadas de experiência jornalística, área à qual continua ligado.