Farhad Manjoo começou por apagar as notificações de notícias digitais e desligou-se das redes sociais. Tornou-se assinante do Times, The Wall Street Journal e The San Francisco Chronicle, bem como da revista The Economist. As únicas cedências que fez à Internet foram continuar a receber boletins informativos via e-mail e escutar podcasts. Como disse, escolheu aqueles formatos que “apreciam a profundidade e a precisão”, em vez da velocidade. 

Custou-lhe um pouco habituar-se aos jornais, achou as páginas muito grandes e as letras muito pequenas. E tem outra crítica: uma assinatura anual do Times custa tanto como o melhor iPhone da Apple. 

Tirando isso, “ler as notícias impressas permitiu-lhe dar-se conta dos enganos a que somos submetidos com as notícias na Internet”: 

“No jornal, a notícia vem junto de um artigo de análise, enquanto nas redes sociais já vem predefinida, parcial e acompanhada por um fluxo interminável de comentários que distorcem os factos.” 

“É precisamente a nossa lealdade à multidão, ao que as outras pessoas dizem sobre as notícias, em vez das notícias por si mesmas, o que nos torna susceptíveis à desinformação” – adverte. 

No final, deixa-nos duas conclusões:

A primeira é que “não é preciso ler jornais impressos para ficar melhor informado: basta criar um ritual de notícias próprio, no qual se seleccionem aqueles meios e formatos que permitam ao utente ter um conhecimento mais profundo da informação”.

A segunda é que não se trata de que os jornais sejam assim tão bons: “aquilo que é muito mau são as redes sociais”.

 

Mais informação em Media-tics  e em The New York Times