Jornalismo resiste apesar das restrições editoriais
O jornalismo no Brasil está a atravessar uma fase de grande interesse para o público, devido às disputas políticas e à gestão da crise sanitária, causada pela pandemia.
Contudo, ressalvou Carlos Wagner num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, com o qual o CPI mantém um acordo de parceria , as publicações estão a ter dificuldades em acompanhar estes eventos, devido à falta de colaboradores e de materiais de reportagem.
De acordo com o autor, este cenário começou a surgir no início da década de 2000, quando os jornais passaram, lentamente, a desenvolver o seu processo de digitalização.
Até então, continuou Wagner, de forma a garantirem a sua sustentabilidade financeira, os títulos jornalísticos investiam em estratégias de captação de leitores e de publicidade.
Além disso, cada colaborador tinha funções bem definidas, e o principal objectivo era conseguir a melhor manchete, para vender um número significativo de exemplares em cada edição.
Tudo isso mudou com a digitalização: os empresários tiveram dificuldade em adaptar-se aos novos modelos de negócio, foram forçados a fazer cortes orçamentais, e exigiram que os jornalistas produzissem conteúdos multiplataforma.
Desta forma, os colaboradores dos “media” tiveram que passar a dominar diferentes áreas -- desde o texto à fotografia, passando pelo vídeo e pelos gráficos digitais -- trabalhando mais do que nunca, e recebendo um ordenado pouco satisfatório.
Novembro 21
Isto fez com que alguns jornalistas fossem dispensados pelas empresas, e com que outros desistissem por vontade própria, para procurarem trabalho noutras áreas.
Ainda assim, sublinhou Wagner, alguns profissionais continuam a resistir, já que consideram o jornalismo como a principal arma para a manutenção democrática.
Por isso mesmo, garante o autor, os colaboradores dos “media” vão “sobreviver, e continuar a fazer um bom trabalho”.
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