Esta é, igualmente, uma estratégia crucial para a sustentabilidade financeira dos títulos, já que os investimentos publicitários variam consoante o número de leitores de cada “site”. 


Assim, se quiserem continuar a trabalhar, os editores dos títulos terão, por vezes, que ignorar os seus próprios intuições, bem como o seu compromisso com as normas éticas.


Aliás, no caso do jornal britânico “Daily Telegraph” este modelo atingiu um novo patamar, já que o director do título, Chris Evans, está a considerar passar a remunerar os seus colaboradores consoante o número de “clicks” e de subscritores que atraem.


Isto significa que, actualmente, o mais importante deixou de ser cumprir os critérios jornalísticos e informar eficazmente, mas organizar a informação de forma atractiva.


Ainda assim, continuou Méndez, há quem diga que todas as críticas são “fruto da nostalgia romântica” do modelo jornalístico do passado.


Por isso mesmo, rematou a autora,  e perante as rápidas alterações do sector mediático, talvez seja inútil tentar resistir à mudança.


Leia o artigo original em “Cuadernos de Periodistas”