Alguns preocupam-se com o facto da repetição de frases facciosas satisfaça os objectivos dos agentes políticos em causa.


A título de exemplo, alguns especialistas questionaram, em Março, se seria correcto emitir, em directo, as conferência de imprensa do Donald Trump, sobre o coronavírus, já que este poderia divulgar informações falsas sobre a doença.


Por outro lado, alguns profissionais argumentaram que os “media” têm o  dever de relatar as afirmações dos políticos, independentemente de serem verdadeiras ou falsas.


Estes debates têm-se focado, igualmente, na publicidade política. 


Há muito que alguns países implementaram regras rigorosas para o tempo de antena dos partidos políticos, mas, em muitos casos, estas regras não foram alargadas à imprensa.


Além disso, o potencial de micro-direccionamento em algumas redes sociais, juntamente com a falta de transparência, levou alguns investigadores a sugerir a eliminação de qualquer publicidade política.


Até porque sabemos que a publicidade política diverge entre plataformas, consoante as regras da tecnologia subjacente e da capacidade de disseminação.


Perante todos os dilemas, as empresas  mediáticas não devem, necessariamente, alterar o seu “modus operandi” apenas para satisfazer as preferências do público, habituando à interactividade das redes sociais, defendeu o autor do relatório.


Contudo, se a relação dos políticos com os “media” está, fundamentalmente, a mudar, então a imprensa pode fazer pequenas modificações, consoante as práticas com as quais está disposta a partilhar.


Leia o relatório original em “Reuters Institute”