Jornalismo independente perseguido e sancionado no Egipto
No Egipto a liberdade de imprensa tem vindo ser reprimida e, desde há quatro anos, o exercício do jornalismo independente passou a ser considerado quase como um crime, segundo a Amnistia Internacional.
Este facto agravou-se com o aparecimento, no país, da Covid-19, o que levou o Governo a proceder a um reforço do escrutínio sobre informação, marginalizando a transparência em relação número de infectados
A Amnistia verificou 37 casos de jornalistas detidos, com o agravamento das restrições à imprensa. Muitos dos profissionais foram acusados de "divulgação de notícias falsas" ou de "utilização abusiva das redes sociais", ao abrigo de uma ampla lei antiterrorismo de 2015, que alargou a definição de “terror” para incluir todo o tipo de dissidência.
Com a chegada de Abdel Fattah el-Sisi ao poder, em 2013, a maioria dos programas de televisão e dos jornais egípcios viu-se forçada a ser mera câmara de ressonância governo. Da mesma forma, muitos “media” privados foram adquiridos por empresas associadas aos serviços secretos do país.
Maio 20
O procurador do Ministério Público egípcio advertiu, em declarações recentes, que aqueles que divulgam "falsas notícias" sobre o coronavírus podem enfrentar até cinco anos de prisão e pesadas multas. Segundo a Amnistia, pelo menos 12 jornalistas foram detidos neste contexto.
Em Abril, as autoridades bloquearam um “site” que reproduzia os apelos dos activistas para a libertação de presos políticos. O Egipto expulsou, ainda, um correspondente do “Guardian”, que pôs em causa os dados revelados pelo Governo.
Por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a Amnistia instou as autoridades egípcias a pôr termo à censura, ao assédio e à intimidação de jornalistas e a libertar aqueles que foram detidos "unicamente por realizarem o seu trabalho".
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