As eleições são sempre problemáticas para os jornalistas no Irão, devido às permanentes tentativas governamentais de silenciar a imprensa. A eleição parlamentar de 21 de Fevereiro não foi excepção.
Em Fevereiro, a ala de inteligência da Guarda Revolucionária Iraniana invadiu as casas de, pelo menos, cinco jornalistas e o Tribunal de “Media” do Teerão condenou três editores pela “disseminação de notícias falsas" e "difamação". O “timing” deste e de outros processos judiciais sugere que o Irão aumentou a pressão sobre os jornalistas na tentativa de controlar as críticas ao Governo, em período pré-eleitoral.
Uma investigação do CPJ -- Comité para a Protecção dos Jornalistas, apurou, ainda, que as autoridades acusaram, entretanto, quatro jornalistas de crimes de "propaganda" e de “violação da segurança nacional”.
Os esforços coercivos do regime estão a transformar o jornalismo interno numa raridade, de tal forma que as reportagens de “media” estrangeiros são, agora, praticamente a única fonte de notícias credíveis no Irão.
Fevereiro 20
A União de Jornalistas Freelancers de Teerão considerou, mesmo que “ o jornalismo independente está a morrer” e que a única plataforma de livre expressão para os profissionais são as redes sociais, o que prejudica, consideravelmente, a sociedade.
Recorde-se que o Governo iraniano tem sido alvo de fortes críticas civis, na sequência de uma profunda crise financeira e da ameaça de um conflito armado com os Estados Unidos. O panorama social do país tem sido, inclusivamente, marcado por uma série de manifestações.
No início do ano, vários jornalistas dos “media” estatais demitiram-se por considerarem que, ao trabalharem para o operador público, estavam a contribuir para uma “teia de mentiras” e de corrupção.
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