Jornalismo e futuro da imprensa comprometidos no Afeganistão
Os jornalistas afegãos têm vindo a enfrentar uma crescente vaga de repressão, de ameaças e de violência, denunciou Raksha Kumar num artigo publicado no “site” do “Reuters Institute for Journalism”.
Segundo recordou Kumar, nos últimos dois anos, o Afeganistão registou um pico de violência, com o assassinato de 65 activistas de direitos humanos e profissionais dos “media”.
Estas mortes, referiu Kumar, são um resultado directo das “conversas de paz”, que visam estabelecer acordos entre as diferentes forças afegãs, agora que as tropas norte-americanas estão de saída.
Perante este cenário, alguns jornalistas têm vindo a desistir de exercer a profissão, devido aos riscos que acarreta. Mas, ainda assim, existe um movimento de jovens profissionais, que tenta assegurar a diversidade mediática no país.
Segundo recordou Kumar, com a chegada das tropas americanas, em 2001, a realidade afegã começou a alterar-se, ainda que lentamente.
Os “media” independentes assumiram um papel preponderante, ao informarem a população, quer através dos meios tradicionais, quer através das plataformas “online”.
Assim, entre 2001 e 2014, registou-se um crescimento significativo no nível de confiança dos “media”.
Isto reflecte-se ainda hoje, apesar do aumento do nível de violência, já que a população continua a depender da imprensa independente para se manter informada.
Abril 21
Kumar recorda, por outro lado, que a maioria dos “media” são controlados por jovens profissionais -- até porque, no Afeganistão, mais de 50% da população tem menos de 19 anos.
Estas equipas contam, igualmente, com a participação de algumas mulheres, que continuam a exercer as suas funções, embora sejam consideradas os “principais alvos a abater”.
Com tudo isto, os jornalistas começaram a criar uniões, de forma a reiterarem o seu compromisso com a liberdade de imprensa.
Alguns acreditam, mesmo, que estas organizações têm ajudado a diminuir o número de ataques, já que a violência registou um ligeiro decréscimo nas últimas semanas de Março.
E, muitos daqueles que ponderaram abandonar a profissão e o país, acabaram por ficar e enfrentar as adversidades, de forma a garantirem a pluralidade informativa e a união de todos os cidadãos.
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