O jornalismo será, particularmente, indispensável nas pequenas vilas e comunidades. O mundo globalizado tem ao seu dispor um grande volume de dados, factos e eventos necessários para decidir o que fazer com este material informativo. E é justamente isto que falta às pequenas e médias regiões, onde habita a maior parte da população mundial. 


Há uma enorme carência de fluxos noticiosos diversificados sobre questões locais, o que acaba por gerar uma espécie de “apartheid” noticioso, que impede o desenvolvimento de soluções também locais.


De acordo com Castilho, este déficit, materializado na expressão “deserto informativo”, torna-se especialmente crítico em situações como a criada pelo covid-19 no Brasil, onde o modelo de negócios de muitas empresas foi afectado por fenómenos imprevistos, causando desorientação nos empresários e insegurança entre assalariados.


É, então, em momentos como este que o “jornalismo de soluções” surge como instrumento para reordenar os fluxos informativos e gerar acções de benefício colectivo.


Castilho reconhece que o “jornalismo de soluções” será uma mudança significativa na profissão, já que  implica um maior diálogo e interacção com os leitores. Contudo, só assim será possível desmistificar uma nova e complexa realidade económica e social.


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