Os investigadores concluíram, então, que os profissionais de “lifestyle” consideram que têm algo a dizer sobre a política nacional e sobre a ideologia vigente. Por exemplo, muitos dos jornalistas entrevistados referiram a necessidade de celebrar e reconhecer a cultura negra, promovendo uma "narrativa negra forte" e contando "histórias africanas autênticas".


Da mesma forma, enquanto mediadores, os jornalistas entrevistados esperavam conseguir ultrapassar as diferenças de classe, criando uma "sensação de que as  mulheres lutam pelas mesmos objectivos, independentemente da sua origem".


Ademais, os profissionais mostraram-se conscientes de que nem todos os leitores têm as mesmas possibilidades monetárias e dizem escrever com essa realidade em mente. A título de exemplo, os jornalistas visam dar “inspiração” e “ motivação” a grupos específicos.


Ou seja, a  “inspiração “passa por  "sugerir ideias para férias aos mais ricos” enquanto a “motivação” era dirigida a pessoas "que não são necessariamente ricas [...] mas que estão a trabalhar com um objectivo em mente”.


Os leitores inquiridos confirmam esta mentalidade, já que referiram procurar artigos que se adaptem à sua realidade e que os inspirem a melhorar a sua qualidade de vida.


Por  exemplo, as classes média e alta queriam receitas e conselhos sobre "como remodelar a sua cozinha" enquanto as classes trabalhadoras queriam "conselhos sobre relações" e conselhos financeiros sobre "como planear, como fazer orçamentos" ). 


Contudo, apenas o público da classe trabalhadora esperava "educação" ao querer aprender sobre questões de violação, saúde mental, e VIH/SIDA.