O jornalismo, como conjunto de relatos de História contemporânea, está, pela sua natureza, demasiado próximo para conseguir ler o sentido profundo do que ocorre. Álvarez Junco recordou que, sobretudo no passado, os jornais correspondiam a grupos, ou interesses diferentes: “Antes de tudo políticos. Até ao ponto de se baterem em duelo, não só individual, mas colectivo. Redacção contra redacção.”

Falando do jornalismo independente, Antonio Caño afirma que “os jornais sérios de hoje recolhem o essencial do que acontece nos seus países e no mundo; quando forem lidos passado algum tempo, os que o fizerem terão uma sensação muito próxima daquilo que na realidade sucedeu”. 

Como seria inevitável na presente situação, a campanha presidencial dos Estados Unidos foi mencionada, como exemplo das leituras do passado que alimentam os decisores do presente. Obama foi citado pelo facto de os seus discursos citarem, por sua vez, a literatura histórica sobre o Presidente Lincoln.

Posta a questão de saber que livros ler para compreender Trump, Álvarez Junco propôs os livros sobre populismos e o efeito do medo.

O Festival Eñe abriu o “Outono literário” no Círculo de Bellas Artes de Madrid, tornando-se durante dois dias o “ponto de encontro de escritores, editores, jornalistas e apaixonados pela literatura”. Foi dirigido, este ano, pela escritora Marta Sanz.


Mais informação no diário El País, cuja imagem reproduzimos, assinada Álvaro García