Jornalismo brasileiro posto à prova na cobertura das eleições presidenciais
A cobertura noticiosa das eleições presidenciais brasileiras é relevante para os cidadãos de todas as partes do mundo, uma vez que representa uma peça importante no novo tabuleiro internacional, caracterizado pela “reciclagem” de técnicas autoritárias e de propaganda, considerou Carlos Wagner num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, com o qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Conforme indicou Wagner, com o aproximar das eleições presidenciais, agendadas para 2 de Outubro, os jornalistas brasileiros foram obrigados a revisitar a história política do país, com destaque para o primeiro sufrágio livre após os anos de ditadura militar, que vigorou entre 1964 e 1985.
Como tal, os colaboradores dos “media” tiveram de estudar as estratégias autoritárias impostas naquela época, como forma de estabelecer pontes entre o passado e o presente político do país.
Isto porque, considerou Wagner, o actual Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, conseguiu cristalizar-se junto de um grupo de seguidores devotos, que tornam possível a sua reeleição, bem como a probabilidade de serem instituídas novas normas restritivas, susceptíveis de pôr em causa alguns direitos essenciais.
No entanto, referiu o autor, este não é um caso isolado, uma vez que outros países, como os Estados Unidos, assistiram a um cenário semelhante durante o mandato de Donald Trump, que conseguiu "ressuscitar a máquina de propaganda”.
Maio 22
Assim, afirmou Wagner, os jornalistas brasileiros devem preparar-se para servir não só os cidadãos brasileiros, mas, igualmente, outros consumidores de notícias, que se mostram preocupados com o panorama político internacional.
Até porque, concluiu o autor, aquilo que os repórteres brasileiros escreverem e narrarem irá, mais tarde, fazer parte da história nacional.
No Reino Unido, o aparecimento de um novo jornal chamado “The Light” tem gerado acesa controvérsia. A polémica envolta neste novo jornal é agora analisada num artigo publicado no Columbia...
Nas semanas que se seguiram a 7 de outubro, quando o Hamas atacou civis israelitas, e durante os bombardeamentos à Faixa de Gaza que se seguiram, as pessoas nas redes sociais queixaram-se de que as...
Poder-se-ia pensar que a função dos jornalistas é contar o que está a acontecer ou o que aconteceu e não sobre o futuro, mas tal não é verdade. Num artigo publicado nos “Cuadernos de...
Embora se definam apenas como plataformas tecnológicas, as redes sociais influenciam as opiniões pessoais. Os especialistas em comunicação, como Rasmus Kleis Nielsen, autor do artigo News as a...
De acordo com Carlos Castilho, do Observatório de Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém uma parceria, o jornalismo enfrenta, actualmente, dois grandes desafios, nomeadamente,...
Num texto publicado no media-tics, o jornalista Miguel Ormaetxea, reflectiu acerca da receita de publicidade digital dos media, que, em grande parte, fica nas mãos de grandes empresas de tecnologia,...
Num texto publicado na revista ObjETHOS, um dos seus pesquisadores, Raphaelle Batista, reflectiu sobre o papel que o jornalismo teve no Brasil durante 2022, assim como o que deve ser mudado.
Batista...
O Journalism Competition and Preservation Act (JCPA), um projecto de lei que pretendia “fornecer um 'porto seguro' por tempo limitado para algumas organizações de notícias negociarem...
Algumas organizações criaram um novo guia, Dimensions of Difference, para ajudar os jornalistas a entender os seus preconceitos e a cobrir melhor as diferentes comunidades. Este projecto baseia-se...