Jornalismo brasileiro aposta na transparência para 2017
“A boa notícia - conta o autor, docente de Jornalismo na Universidade Católica do Rio Grande do Sul - é que há lugar para restaurar as nossas relações com os leitores, espectadores, ouvintes e utentes da Internet, e a forma de o fazer é sermos honestos e prestarmos atenção ao público.”
Esta é, como explica a seguir, uma das lições que se aprendem das 13 contribuições elaboradas para o projecto “O Jornalismo no Brasil em 2017”, uma iniciativa conjunta do Farol Jornalismo, que se dedica a investigar tendências no jornalismo, e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo.
Como introdução ao tema, Moreno Cruz Osório conta aos seus leitores do NiemanLab que, durante o ano de 2016, na sequência da crise política que levou à impugnação da Presidente Dilma Rousseff, o número de partilhas, no Facebook, de notícias falsas a respeito da Lava-Jato, foi maior que o de partilhas de notícias verdadeiras.
Passando a apresentar alguns dos 13 artigos de “O Jornalismo no Brasil em 2017”, começa por sublinhar a importância atribuída às disciplinas de fact-checking, mencionando os artigos de Tai Nalon, directora de Aos Fatos, uma iniciativa pioneira neste terreno, no Brasil, e de Rogerio Christofoletti, coordenador do Observatório da Ética Jornalística ObjETHOS.
Pedro Burgos, membro do grupo The Marshall Project, reflecte sobre a situação da Imprensa nos EUA, apontando que, “além do aumento nas assinaturas que meios tradicionais, como The New York Times, tiveram depois das eleições presidenciais, as iniciativas não-lucrativas estão a receber mais investimento”.
Estes e os restantes depoimentos incluídos em “O Jornalismo no Brasil em 2017” podem ser aqui consultados, endereço que Moreno Cruz Osório deixa também, logo no primeiro parágrafo, aos leitores que tomem contacto com este estudo pela leitura do seu texto no NiemanLab.