Para os jornais que aceitaram esta proposta do Facebook, trata-se de procurar conquistar novos leitores. Tendo verificado que muitos utilizadores das plataformas móveis, como os smartphones, abrem sessão na área das notificações, que passam a usar como a sua homepage, a nova aplicação Notify vai incidir precisamente aí, com alertas sobre notícias acabadas de chegar, que podem então abrir com um toque.

Permanece, no entanto, um debate sobre o lugar que passam a ocupar, nesta parceria, os meios de comunicação social e esta distribuidora instantânea.

Numa das mais interessantes reflexões feitas no início deste processo, a jornalista Claire Cain Miller, do New York Times, escreveu no respectivo site The Upshot:

“As empresas de tecnologia andaram sempre a pisar os calos umas das outras no esforço de se tornarem a porta de entrada das pessoas no mundo digital  - o único lugar onde as pessoas precisam de ir para obterem aquilo que querem. É por isso que a Google, um motor de busca, fundou uma rede social, e é por isso que o Facebook, uma rede social, fundou um motor de busca. É por isso que a Amazon, um site de compras, fez um telefone, e que a Apple, fabricante de telefones, entrou no negócio das compras. Agora, o seu alcance está a expandir-se ainda mais, até às empresas não tecnológicas como os jornais e revistas. Ou, por outras palavras, todas as empresas estão agora a tornar-se empresas de tecnologia.”

 

A informação do próprio Jornal de Notícias, na sua edição online, e o texto de Claire Cain Miller: