Jornais perdem publicidade e a democracia qualidade
Segundo a mesma projecção da eMarketer, as revistas impressas podem passar dos 12.160 milhões de dólares de receita publicitária, recolhidos em 2016, para pouco mais de cinco mil milhões em 2022. A receita nos dispositivos móveis pode ultrapassar os 23 mil milhões de dólares em 2019, e a pulibicidade digital, no seu conjunto, os 132 mil milhões - mas, uma vez mais, Google, Facebook e Amazon vão ficar com a parte de leão.
Outro indicador, desta vez do Dircomfidencial, diz que os grandes grupos de media espanhóis captam, entre si, 20% da publicidade digital no país. Os cerca de três mil meios de informação digital devem repartir, entre todos, outros 20%. Google e Facebook recolhem aproximadamente os restantes 60%.
Segundo um inquérito de meios realizado na Alemanha, e citado por Horizont.net, os jornais “perdem rapidamente relevância como formadores de opinião”; os diários caíram 22,7% nos últimos cinco anos, chegando aos 18,7%.
A desinformação, a falta de credibilidade dos media e a omnipresença das redes sociais no debate público são um problema premente, como afirma Miguel Castro, responsável de relações institucionais da Bill & Melinda Gates Foudation, no El País, defendendo “uma estratégia europeia para o sector dos meios de comunicação de 2019 a 2024”.
“Não é de subvenções que precisam os media, mas sim de inovação e de um modelo de negócio sustentável” - conclui.
O artigo citado, em Media-tics, e o texto de Miguel Castro em El País