Títulos como o “Spotlight”, um jornal digital radicado em San Diego, são privados de comunicados estatais e de actualizações legislativas, por não serem reconhecidos a nível nacional. Os editores dessas publicações consideram as medidas “retrógradas” e prejudiciais, tanto para os leitores como para a democracia.

A grande conquista será, dizem os autores desses projectos, conseguir atingir o estatuto de jornais com longevidade e reconhecimento, bem como a visibilidade de emissoras regionais de televisão.

Os preconceitos não partem, contudo, apenas de organismos estatais, mas, igualmente, de associações de imprensa: na Califórnia, a CNPA - CaliforniaNewspaper Publishers Association, aceita jornais “online”, mas cobra quotas reduzidas e priva-os de votar.

As circunstâncias parecem estar, contudo, a mudar progressivamente, graças à pressão exercida pelos responsáveis desses projectos. A título de exemplo, Tom Bolton, director do “Noozhawk”, rejeitou fazer parte da CNPA, por não ser considerado um membro de “pleno direito”, o que levou a associação a repensar o seu modelo.

Para Tom Bolton, a próxima barreira a ultrapassar será conseguir investimento de grandes empresas, que, normalmente, apostam em jornais em formato clássico.