Jornais impressos desaparecem das bancas na Venezuela
O estado de Táchira, onde foi fundado, em 1968, o referido jornal, é agora um estado sem jornais impressos aos domingos e segundas-feiras, os dois dias em que La Nación não é publicado em papel, mantendo-se apenas na sua edição online.
Também a edição do Diario de Los Andes “perdeu esta periodicidade em Outubro de 2015, depois de 23 anos no mercado. A partir de Janeiro de 2016, circulou como Semanario de Los Andes até Agosto findo, quando anunciou uma despedida do suporte físico por tempo indeterminado. 'Somos impedidos pela falta de papel' - declarou em editorial”.
Ainda segundo os dados da IPYS Venezuela, são já 14 os jornais do país a mudarem de diários para semanários, ou a reduzirem os dias de publicação para fazerem render as reservas de papel e baixarem os custos de impressão - o que sucedeu, sobretudo, em 2017 e 2018.
“Faz este mês um ano desde que a Comissão Inter-Americana de Direitos Humanos exortou o Governo a adoptar urgentemente medidas para assegurar que os media possam operar no país sem restrições ao direito à liberdade de expressão.” (...)
“Na segunda-feira da semana passada aconteceu uma coisa pela primeira vez em 29 anos no programa de rádio de César Miguel Rondón: não houve leitura de jornais, porque não chegou nenhum ao estúdio. ‘Esta indústria está em colapso’, disse por Twitter Luis Carlos Díaz, moderador do mesmo espaço radiofónico.”
Também a Imprensa oficial é afectada por estas restrições, segundo IPYS Venezuela, tendo Ciudad Barinas e Ciudad Maturín deixado de circular em 2017, ficando inactivas as suas edições digitais, enquanto já em 2018 passaram de diários a semanários os jornais impressos governamentais Ciudad Caracas e Ciudad Barquisimeto.
A reportagem citada, no Diário La Nación