Segundo o autor, El País vendia então 332.808 exemplares por dia: “Era líder absoluto, a 1,10 euros de preço de capa. Agora custa 1,50 e distribui 123.153 exemplares por dia (dos quais vende pouco mais de 89 mil, segundo a Dircomfidencial). São 74% a menos do que há uma década.” 

As coisas não são melhores com os outros jornais: “El Mundo  passou dos 225.397 exemplares que vendia em Setembro de 2008 para os pouco mais de 56.500 que vende agora. Uma queda de 75%. Percentagem semelhante às que perderam El Peródico (-72%), que passou dos 114.101 exemplares, em 2008, para os actuais 32.008,  ou La Vanguardia (-70,3%), que passou dos 78.992 exemplares em 2008 para 23.511 dez anos depois.” 

“Os generalistas que sofreram menos nesta década foram o ABC, que caíu 60% (de 136.158 exemplares vendidos por dia, para 54.866) e La Razón, que perdeu 42,5%, caindo dos 106.144 para os 60.938 exemplares.” 

Tudo somado, perderam-se 838 mil exemplares diários, visto que naquela altura era ultrapassado o milhão de exemplares por dia. 

E o o jornalista conclui: 

“Nenhuma das estratégias seguida, durante estes anos, pelos editores destes jornais, conseguiu os resultados esperados, pelo que a Imprensa em papel se encaminha lentamente para o desaparecimento total, ou parcial  - enquanto se prepara o caminho para novos meios de financiamento que permitam ao jornalismo sobreviver, o que é mais necessário do que nunca, perante o impulso de notícias falsas que encontraram o seu caldo de cultura na mesma Net chamada a salvar a profissão.”

 

Mais informação no texto de Media-tics  e em Dircomfidencial