O artigo de Félix Bahón explica que a concorrência para conquistar os quiosques de venda aos sábados e domingos já tem jornais a preparar ofertas que englobam os exemplares em papel, incluindo todos os suplementos, acrescentando o acesso gratuito aos conteúdos pagos das edições digitais do resto da semana. 

“O objectivo não é só o de conquistar a fidelidade e o contributo financeiro do desejado leitor. A publicidade também ganha espaço com novos suportes e outros preços. E um tipo de anunciante habitualmente alérgico a vir para os diários generalistas, como é o das marcas de luxo, encontrou uma boa montra para expor os seus produtos. E além disso, parece que o nicho dos leitores motivados tem mais poder aquisitivo”.

 

A ideia não é nova mas, como diz o autor, “o dinheiro é medroso e as mudanças nos negócios de grande envergadura são lentas”:

O primeiro diário que se atreveu a dar este passo foi La Presse, do Canadá (de Montréal, região do Québec), que desde o princípio do ano só tem edição em papel aos sábados. Desde Abril de 2013 já oferecia uma aplicação gratuita para os tablets, que chegou a cerca de meio milhão de transferências por semana, garantindo receitas de publicidade que já passam acima de 60% da sua receita total. 

“A empresa calcula que editar só um dia significará cerca de 30 milhões de dólares (28 milhões de euros) de poupança por ano. O problema é que muitos dos seus funcionários vêem esta medida com preocupação, porque pode querer dizer uma redução de pessoal, ainda não declarada, mas tida como certa.” 

Em Espanha, pela mão de Miguel Ángel Aguilar, o Ahora nasceu logo como um semanário em papel, com a correspondente edição digital. Só oferece cerca de 30% dos conteúdos em aberto, sendo o resto por assinatura. Na França, Les Echos acelerou a sua estratégia digital na mesma direcção, com um suplemento semanal, Les Echos Week-end, às sextas-feiras, por quatro euros, e com direito de acesso livre à versão digital.

 
Mais informação no artigo original, em Cuadernos de Periodistas