“La Voz del Interior”, um dos jornais com maior expressão na Argentina, foi o segundo a aderir à tendência. “La Voz” lançou o seu modelo , em Fevereiro de 2018, mas com uma iniciativa inovadora: o desenvolvimento de uma solução tecnológica própria para a gestão dos subscritores. 

 

Quase dois anos depois da implementação do sistema, “La Voz” tem 23.500 subscritores digitais. O director do jornal, Carlos Jornet, acredita que em 2023, os negócios digitais sejam a principal fonte de capital da empresa.

O “La Nación” ,que completa o 150º aniversário este ano, chegou em terceiro lugar e, em 2019, ultrapassou a marca das 200 mil assinaturas digitais.  O porta-voz da redacção, José Del Río, acredita que o resultado atingido é fruto do investimento jornalismo de qualidade. “A transformação em que estamos imersos implica estudar o que nossos leitores desejam, aprofundando as questões que geram valor e continuando a promover projetos específicos, inovadores e disruptivos que levam o nosso jornalismo a atingir o seu máximo potencial,” escreveu Del Río.

 

Os jornais têm conseguido manter as audiências, por serem marcas já estabelecidas, mas têm tido dificuldade em encontrar público mais jovem, que se identifique com a linha editorial e que esteja disposto a pagar para receber conteúdo.  “O grande desafio de instalar uma paywall é, obviamente, atrair assinaturas, e preservar o volume de tráfego que permita suportar o actual modelo de negócios”, defende Carlos Jonet, do jornal “La Voz”. “Além disso, é indispensável continuar a aprimorar o conhecimento sobre o nosso público, para que possamos oferecer aos anunciantes melhores taxas de contacto para os produtos e serviços oferecidos”.