Investigadora aconselha leitores a procurar publicações fidedignas
As notícias falsas são, agora, uma das principais preocupações dos especialistas em “media”, já que este tipo de conteúdo pode ter consequências nefastas para o bem-estar dos cidadãos.
Assim, ao longo dos últimos anos, alguns governos têm vindo a implementar medidas de combate à desinformação, apelando às empresas de tecnologia que se comprometam com esta causa.
Ainda assim, as “fake news” continuam a circular “online”, promovendo movimentos negacionistas e a polarização da sociedade.
Perante este cenário, a investigadora Vitória Ferreira considerou, num artigo publicado na revista “objETHOS”, que o combate às notícias falsas deve ser um esforço conjunto, que começa na educação individual.
Ou seja, conforme apontou Ferreira, os próprios consumidores devem procurar informar-se junto de publicações jornalísticas fidedignas, verificando as fontes utilizadas em cada artigo, evitando aceder a “links” de plataformas desconhecidas, e afastando-se de notícias com títulos sensacionalistas.
Além disso, continuou a autora, todas as redes sociais deveriam actuar em conformidade com as directivas internacionais, e activar mecanismos de eliminação de conteúdos falsos, de forma a garantir o bem-estar dos seus utilizadores.Em terceiro lugar, sublinhou Ferreira, as autoridades governamentais deverão investir em campanhas de sensibilização sobre os riscos das “fake news”, bem como em “workshops” de literacia mediática, direccionados a crianças em idade escolar.
Outubro 21
Neste sentido, a autora propõe, ainda, que os autores de artigos de desinformação sejam responsabilizados pelas suas acções.
Desta forma, a articulista sugere que os esforços comecem por pequenas acções individuais, e que se estendam às grandes instituições internacionais.
Ferreira destaca, neste contexto, que o compromisso colectivo parece ser a única forma de combater este fenómeno, que tem vindo a afectar a vida em sociedade e os modelos democráticos.
“Enquanto não tivermos a união colectiva, uma lei que auxilie e que actue no combate à desinformação, viveremos à mercê de uma avalanche de informações, precisando de ter cuidado com o que lemos e ouvimos, não só na internet, mas, igualmente, fora dela”, disse Ferreira.
“A desinformação está por toda parte. Sejamos resilientes e responsáveis na procura por informação verossímil e de qualidade, sinónimos do bom jornalismo, e só assim poderemos tentar remar contra o problema mais proeminente dos últimos tempos e, quem sabe, contar com o esforço colectivo para vencer essa batalha”.
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