Investigação do “Channel 4” revela utilização abusiva do Facebook

Segundo o Observador, que aqui citamos, "sem saber que estava a ser filmado, o presidente da Cambridge Analytica, Alexander Nix, diz que a empresa trabalha secretamente em eleições e revela algumas das tácticas ilegais ao repórter, que julga ser um cliente."
Chistopher Wylie, o responsável pela fuga de informação da Cambridge Analytica, já informou, por meio do Twitter, que a sua conta do Facebook foi “desactivada”, assim como a do Instagram (detido pelo Facebook) foi banida por “violar os termos” da empresa.
Segundo The Guardian, o secretário britânico da Cultura, Matt Hancock, declarou no Parlamento sentir-se “chocado” pela rapidez com que o Facebook procedeu neste caso:
“O Facebook tem que responder aqui a algumas questões sérias, e contará o seu lado da história. O facto de responderem bloqueando uma conta, quando nós sabemos que não são suficientemente rápidos a bloquear outras contas de comportamento evidentemente ultrajante - isso revela que, quando lhes convém, sabem bloquear as coisas de forma incrivelmente rápida, e vão ter de fazer mais disso.”
“No entanto, Hancock disse não ter visto qualquer evidência de que as actividades tenham tido efeito sobre os resultados de qualquer eleição ou referendo. Stephen Kinnock, do Partido Trabalhista, afirmou que, se for provado que a Cambridge Analytica esteve ‘em violação flagrante das nossas regras eleitorais, isso colocaria um enorme ponto de interrogação sobre o resultado do referendo’.”
“O deputado [Conservador] Damian Collins, que tem a responsabilidade da comissão do Digital, Cultura, Media e Desportos, disse que vai chamar os dirigentes de ambas as empresas, Mark Zuckerberg e Alexander Nix, para prestarem mais informações.”
“Precisamos de ouvir pessoas que possam falar do Facebook numa posição de autoridade, que exija delas que contem a verdade” - disse Collins. “Alguém tem de assumir responsabilidade por isto. Já é tempo de Zuckerberg deixar de se esconder por trás da sua página de Facebook.” (...)
Segundo o Expresso-Economia, “Semana começou mal nas bolsas. Facebook foi o fósforo, mas riscos mundiais dominam.” O texto que tem este título começa pelo efeito das revelações sobre a cotação da grande plataforma, mas descreve o desenvolvimento posterior e as consequências sobre outras empresas e mercados.
O Público dedica a este tema a sua reportagem de fundo, com três páginas de texto e o editorial, mais o título de primeira página “Roubo de perfis – O Facebook é um risco para a democracia?”
Mais informação em The Guardian, o Observador e Expresso