Internet livre e segura como proposta comum na Web Summit
Noutro momento alto desta cimeira, Christopher Wylie, o programador canadiano que denunciou o escândalo do abuso de dados pessoais de utilizadores do Facebook pela empresa Cambridge Analytica, chamou a atenção para a urgência de mecanismos de controlo das empresas tecnológicas.
“Como sociedade, não estamos a ver aquilo que se está a fazer. Estamos a deixar estas empresas colonizar a nossa sociedade”, questiona Wylie, assegurando que as empresas de tecnologia estão a fazer o papel de colonizadoras, mas dos tempos modernos:
“Isto é uma história de colonialismo. A questão é que os nossos governos não estão preparados para lidar com isto” - lamenta Wylie.
“O Facebook tem tanto poder, está a fazer um clone digital da nossa sociedade. O que é que vai acontecer quando os sistemas de IA – inteligência artificial começarem a comunicar entre si?”
“Estamos a brincar com o fogo e, quando isso acontece, as pessoas magoam-se” - afirmou ainda.
Em dois dias de Web Summit foram realizadas mais de 2,7 milhões de sessões únicas de wi-fi, mais do que em todo o evento do ano passado, tendo os milhares de participantes na cimeira gerado mais 25 TB de tráfego do que em relação a 2016. A rede wi-fi Web Summit Legacy, criada para equipamentos mais antigos, já registou, no entanto, alguns problemas, como admitiu a Altice Portugal ao Dinheiro Vivo.
Os participantes do evento têm, a nível de wi-fi, duas opções quando se ligam, a Web Summit (rede de alto débito que opera na frequência 5GHz e cobre todo o recinto) e a Web Summit Legacy, uma rede standard de 2,4 GHz que pretende ligar equipamentos com tecnologia mais antiga, que não conseguem ligar-se à rede principal do evento.
Mas, quando “há ruído” (muitos acessos em simultâneo, sendo que muitos dos stands funcionam na frequência 2,4 GHZ), baixa a capacidade da rede e o acesso pode não se concretizar.
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