Interface permite monitorizar “fake news” nas redes sociais
Os jornalistas passam grande parte do seu tempo no Twitter à procura de notícias relevantes e a monitorizar a desinformação partilhada. Com o actual surto de rumores sobre o novo coronavírus, entender como certos “hashtags”, “links” ou reivindicações estão a circular no Twitter pode ser crucial para limitar a difusão de informações prejudiciais.
A interface do Twitter fornece, porém, apenas uma visão superficial do que está, realmente, a acontecer na plataforma. Para entender melhor o que ocorre no Twitter, os jornalistas precisam de aceder a uma API -- interface de programação de aplicações. Os muitos campos de dados fornecidos através das diferentes APIs do Twitter permitem aos profissionais realizar análises mais significativas da actividade daquela rede social.
Uma API é, essencialmente um “software” que permite que diferentes aplicações comuniquem umas com as outras. No caso do Twitter, uma API permite que os utilizadores recolham os dados dos servidores do Twitter. As APIs daquela rede sociais permitem, assim, recolher grandes amostras de “tweets” com base em “hashtags”, palavras-chave e frase.
Março 20
Por exemplo, se os jornalistas pretenderem apurar quais as contas estão a “bombardear” o “site” com “hashtags” enganosas, uma API fornecerá uma forma fácil e gratuita de recolher uma grande amostra de “tweets”, necessária para esse tipo de pesquisa.
Para que a utilização do API do Twitter seja possível é, contudo, necessário instalar uma versão recente do Python (3.5 ou superior). O processo de instalação não será imediato, já que o servidor procura apurar, em fase inicial, as intenções dos seus utilizadores.
Depois, é preciso elaborar um “texto” de programação, para que sejam levantadas as expressões visadas. Caso o pretenda fazer, basta seguir o guia simplificado da “First Draft News”, publicação especializada em metajornalismo.
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