Segundo este texto, que aqui citamos, "o interesse que os franceses atribuem à actualidade perdeu seis pontos e encontra-se no seu nível mais baixo desde 2002 (64% agora, em 2017, contra 70% em 2016)". Este desinteresse é marcado entre os jovens (56%) e os menos escolarizados (58%).  

"Estando a entrar num ano eleitoral importante, e num contexto de subida dos populismos, o interesse dos franceses pela informação regista a sua pior marca em 30 anos"  - observa La Croix.

Um elemento que faz pensar, neste contexto, é o facto de ser a primeira vez que o inquérito, realizado anualmente pela empresa Kantar para o jornal La Croix, inclui uma pergunta sobre as fakenews. Elas são uma realidade para oito em cada dez franceses, afirmando 83% que por muitas vezes se sentiram, ultimamente, expostos a "contra-verdades". 

A confiança nos media tem diminuído, e mesmo a rádio, que escapava mais a esta tendência, também perdeu credibilidade. De um modo geral, "a percepção da independência dos jornalistas em relação ao poder atingiu a sua pior marca. Só 24% dos franceses acham que os jornalistas resistem às pressões políticas; e 27% que eles resistem às pressões do dinheiro". (…) 

Mas apesar desta quebra de interesse e de confiança, 78% dos inquiridos continuam a atribuir aos media um papel importante para este tempo de decisão democrática, nomeadamente os jovens licenciados. "Uma esmagadora maioria dos nossos compatriotas (74%) exige uma informação verificada que lhe permita seguir a campanha, ‘e não tomadas de posição ou mesmo uma ajuda à escolha’  - sublinha o estudo." 


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