Assim, Galindo considera que as redacções continuarão a “destacar” estas ferramentas para escrever artigos onde não há espaço para subjectividade, como o resultado de um jogo de futebol ou sobre os valores da Bolsa.


Desta forma, os jornais conseguirão, de forma progressiva, responder às exigências da era digital, enquanto desenvolvem reportagens de valor social.


Ou seja, com os “robots” empenhados em realizar tarefas simples, os jornalistas ficam com mais tempo livre para estar no terreno, enquanto os “sites” continuam a ser actualizados ao minuto, respondendo às exigências dos leitores.


O mundo mediático conta já com alguns exemplos de sucesso, em que a máquina se estabeleceu, de facto, como o braço-direito do jornalista.


A Associated Press (AP) foi um dos primeiros “media” a utilizar a inteligência artificial para gerar informação de forma automática, tendo implementado o sistema  em Janeiro de 2015.


Até 2018, foram gerados mais de 3 mil artigos sobre lucros corporativos nos EUA, dez vezes o número de peças que uma equipa de jornalistas conseguiria produzir.


Já o “Washington Post” começou a utilizar a tecnologia de inteligência artificial, Heliograf, para escrever cerca de 300 breves relatórios sobre Jogos Olímpicos do Rio em 2016. 


Desde então, o “Post” tem utilizado o Heliograf para cobrir as notícias sobre resultados de eleições.

Leia o artigo original em “Cuadernos de Periodistas”