Inteligência Artificial como recurso complementar do jornalismo
Com a era digital, os “media” e as novas tecnologias passaram a ser conceitos indissociáveis, já que as ferramentas “online” são, agora, algo crucial para o sucesso das publicações jornalísticas.
Ainda assim, os cidadãos continuam a desconfiar da informação distribuída por “sites” noticiosos, devido ao fluxo de notícias falsas que tem vindo a circular nas redes sociais.
Perante este cenário, diversos especialistas em “media” começaram a reunir-se, de forma a debaterem a melhor forma de reconquistar a confiança dos cidadãos, e de desenvolver novas estratégias para distribuir conteúdos noticiosos.
Foi isso mesmo que aconteceu num debate organizado pela publicação “Maddyness”, que juntou alguns jornalistas e empresários franceses, a fim de definir medidas para estabelecer uma relação com o público, recorrendo a ferramentas digitais.
Neste contexto, o director de inovação do Grupo TF1, Arnaud Mopin, afirmou que os consumidores continuam a procurar “informações fidedignas”.
Por isso mesmo, continuou aquele responsável, os “media” poderão recorrer a ferramentas de elaboração de gráficos e ilustrações em 3D para fornecer dados mais pormenorizados, e esclarecer as dúvidas dos cidadãos.
“A utilização da tecnologia permite-nos enriquecer a experiência do consumidor”, rematou Mopin.
Da mesma forma, Yassine Tahi, CEO da “startup” Kinetix que colabora com o Grupo TF1, afirmou que “o 3D torna a informação mais compreensível, tanto para jovens, como para idosos”
“Isso permite-nos oferecer diferentes pontos de vista, e interagir com o público digital”, afirmou.
Outubro 21
Já Benoît Raphaël, fundador da Flint Media, sublinhou a importância de filtrar notícias falsas, e de melhorar os níveis de literacia mediática dos cidadãos.
“Na Flint, usamos, por exemplo, inteligência artificial para seleccionar e personalizar informações, protegendo o utilizador de notícias falsas e da sobrecarga de informações”, disse.
Os jornalistas presentes no debate destacaram, ainda, a importância da Inteligência Artificial para acelerar a elaboração de peças noticiosas simples, permitindo que os repórteres se dediquem à redacção de artigos mais complexos.
Através da utilização das novas tecnologias, estes profissionais esperam, ainda, ter uma melhor compreensão dos interesses de cada um dos seus leitores.
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