Inquérito nos EUA conclui haver desconfiança sobre as notícias
Os cidadãos norte-americanos tendem a desconfiar das notícias, independentemente da sua filiação política ou do seu "status" socioeconómico, concluiu um estudo dos investigadores Jacob L. Nelson e Seth C. Lewis, partilhado no “site” da “Columbia Journalism Review”.
Para este relatório, os investigadores realizaram entrevistas a 60 pessoas, que foram convidadas a dar a sua opinião sobre o serviço noticioso nos EUA e partilharem os seus rituais informativos.
Com isto, os responsáveis queriam estabelecer a relação entre a confiança nas notícias e a filiação político-partidária de cada uma dos entrevistados, de forma a perceber se os consumidores procuram, de facto, corroborar as suas próprias convicções através dos “media”.
O estudo concluiu, contudo, que os consumidores sentem a necessidade de confirmar a veracidade da maioria dos conteúdos informativos, mesmo quando estes vão ao encontro das suas ideologias.
Além disso, a maioria dos entrevistados procura isenção por parte dos “media”.
“Eu oiço as notícias na NPR, que é uma rádio anti-Trump. Eu também sou anti-Trump, mas não quero consumir notícias tendenciosas”, disse um dos participantes.
Perante este cenário, os entrevistados disseram consumir conteúdos informativos de forma crítica.
Julho 21
“Estou sempre céptico”, afirmou um dos entrevistados. “Se o jornalista está a colocar questões importantes, não me importo. Mas se não estiver a formular as questões certas, interrogo-me quanto às suas motivações”.
“Não devemos assumir que as notícias são palavras do divino”, considerou outro dos participantes. “Devemos sempre fazer pesquisa adicional para determinar a veracidade da informação”.
Alguns dos entrevistados disseram, ainda, ficar “mais descansados”, quando uma determinada informação era repetida por diversos “media”. Por outro lado, sempre que há dados contraditórios sobre uma mesma questão, os consumidores acreditam que “a verdade está algures no meio”.
Ademais, os participantes disseram verificar as fontes de cada notícia, fazendo o seu próprio “fact-checking”.
Com isto, os investigadores encontraram uma contra-narrativa sobre o panorama mediático nos Estados Unidos, desmistificando a ideia de que os cidadãos utilizam as notícias para reforçar suas convicções políticas e ideológicas.
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