Inquérito confirma confiança nos “media” na cobertura sobre a pandemia
Os “media” têm vindo a desempenhar um papel crucial na pandemia, ao informar os cidadãos sobre as novas variantes do coronavírus, as directrizes governamentais e, actualmente, sobre o processo de vacinação.
De uma forma geral, ao longo do último ano, os conteúdos noticiosos ajudaram a população a entender melhor a crise de saúde pública, e foram essenciais para prevenir uma maior disseminação do vírus.
Além disso, a informação fidedigna ajudou a desmistificar “teorias da conspiração” e conteúdos falsos, sobre possíveis tratamentos contra a covid-19.
Como tal, o Reuters Institute for Journalism realizou um inquérito junto de cidadãos de oito países -- Argentina, Alemanha, Brasil, Coreia do Sul, Espanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos -- para melhor entender a sua percepção sobre a cobertura noticiosa do coronavírus.
Com isto, o Reuters Institute chegou à conclusão de que, apesar de terem registado uma ligeira quebra no nível de confiabilidade, os “media” continuam a ser a principal fonte de informação sobre a pandemia.
Ainda assim, os meios de comunicação têm menor alcance junto dos jovens adultos (18 aos 24 anos) e dos cidadãos sem educação superior.
Além disso, na maioria destes países, as autoridades de saúde, os cientistas e os médicos assumem-se como as fontes de informação mais confiáveis.
Junho 21
Por outro lado, cerca de 35% dos inquiridos considera que as figuras políticas disseminam informações falsas sobre a pandemia.
Em termos de plataformas, a preocupação pública sobre a partilha de “fake news” continua a incidir , sobretudo, nas redes sociais.
Ainda assim, o relatório apresenta dados encorajadores sobre as notícias falsas, já que mais de 90% dos inquiridos disse “não ter acreditado” nas “teorias da conspiração” que foram incluídas no estudo.
Os inquiridos mostraram-se, também, alerta, quanto à partilha de informação via aplicações de mensagem.
O estudo aponta, assim, para uma percepção positiva das organizações noticiosas, com mais de metade dos inquiridos a indicar que os “media” ajudaram a melhorar o seu conhecimento sobre a pandemia e processo de vacinação.
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