Informação aligeirada pode contaminar os “media” como a gripe

Como diz o autor:
“Agora a pessoa pode estar do outro lado do planeta, mas não adianta: a estupidez chega até você, na sua cara. Vem assim, no susto – pá! Não dá nem para virar o rosto. Está na sua timeline.”
“Fechamos mais janelas, mas não adianta. É parente próximo, parente distante, amigo de infância, colega do trabalho, pessoas que já foram ou são importantes para nós. É muita gente querida gripada, falando, espirrando, respingando estupidez.” (...)
“Tem quem confunda os próprios preconceitos com capacidade crítica (incluindo arte, tão na moda agora), censura com direito, ideologia com teoria, género com sexo, crença com conhecimento científico, religião com política, conservadorismo com discurso de ódio, diálogo com polarização, o próprio quintal com o mundo, o umbigo com o sol.” (...)
Alexandre Marini conclui com ironia, propondo, em carta aberta a Mark Zuckerberg, que crie “um filtro temporário”:
“Um emoticon com máscara no rosto que nos manteria a uma distância relativamente segura daqueles que insistem em espirrar estupidez. Poderíamos classificar, inclusive, alguém como portador de um pequeno resfriado ou até (em seu grau máximo) uma gripe suína, em que o espírito de porco parece já ter tomado conta. Tem certas horas que aproximar, afasta, caro Zuckerberg. Depois, quando melhorassem, voltariam para nossa timeline. Ia ser tão mais saudável. Questão de saúde pública.” (...)
O texto na íntegra, no Observatório da Imprensa