Índice de Liberdade de Imprensa dos RSF inclui Portugal no “top 10”
Portugal subiu uma posição no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras (RSF), encontrando-se, este ano, no 9º lugar do “ranking”.
Ainda assim, no seu relatório anual, os RSF destacaram mais pontos negativos do que positivos, quanto à imprensa portuguesa.
De um ponto de vista positivo, a organização recordou os apoios concedidos do governos aos “media”, através da compra antecipada de publicidade institucional.
Segundo os RSF, o montante atribuído, de 15 milhões de euros, serviu, sobretudo, para compensar os jornalistas em regime de “lay-off”.
Por outro lado, a organização não-governamental recordou a vigilância de jornalistas por parte das autoridades policiais, a mando do Ministério Público, assinalando, da mesma forma, que a pandemia agravou a crise estrutural do jornalismo português.
A pandemia e o acesso a informação sobre o coronavírus foram, aliás, temas comuns a todos os 180 países analisados pelos RSF.
Conforme assinalou esta organização, durante o último ano, tornou-se mais difícil e perigoso realizar reportagens de investigação no Médio Oriente, Ásia e Europa.
De todos os países analisados, 132 (73%) têm acesso bloqueado ou condicionado a informações oficiais.
Além disso, segundo indicaram os RSF, apenas doze ( 6.39%) dos países têm um ambiente “muito favorável” à liberdade de imprensa.
Os RSF destacaram, por outro lado, o caso da Alemanha (13º lugar) e dos Estados Unidos (44º lugar) que, apesar de alguns incidentes, ainda têm um “bom” ecossistema mediático.
Abril 21
Já o Brasil, que caiu quatro posições do “ranking”, passou a ser um “mau país” para a liberdade de imprensa. Encontra-se, agora, na 111ª posição.
É, ainda, de destacar o caso de Hong Kong que, apesar da crescente pressão exercida pelas autoridades, se manteve estável, na 80ª posição.
Por sua vez, a China continua a integrar o grupo de países “muito maus”, em 177º lugar, devido ao seu sofisticado sistema de censura.
O “ranking” é encerrado pelo Turquemenistão (178º lugar), Coreia do Norte (179º lugar) e Eritreia (180º lugar).
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