Independência dos “media” mais comprometida com golpe de Estado em Myanmar
No início de Fevereiro, o governo do Myanmar (antiga Birmânia) foi alvo de um golpe de estado, orquestrado pelas forças militares, sob o pretexto de fraude eleitoral.
Desde então, o general Min Hlaing estabeleceu-se como líder supremo do país, declarou um estado de emergência de um ano, e deteve os membros do governo, bem como muitos dos activistas pró-democracia.
De acordo com um artigo de E. Tammy King, publicado na “Columbia Journalism Review”, com o condicionamento das liberdades individuais, a liberdade de imprensa ficou, igualmente, comprometida.
Assim, de forma a relatar, com maior exatidão, o actual panorama do jornalismo no Myanmar, King entrou em contacto com o jornalista Swe Win, director da publicação bilíngue “Myanmar Now”.
O país estava sob comando civil desde 2010, o que representou, para muitos, um avanço democrático no Myanmar. Ainda assim, segundo recordou Win, as forças militares continuavam a usufruir de um largo espectro de poderes, perseguindo os jornalistas que reportassem sobre as suas actividades criminosas.
Ora, com o golpe de estado, a hostilidade dos militares perante os “media” foi agravada, assegura Win.
Por isso, o jornalista acredita que os profissionais dos “media” devem, agora, reforçar a cobertura dos assuntos políticos e de todos os crimes que estão a ser praticados pelo governo.
Fevereiro 21
Até porque, de acordo com Win, esta é a única forma de conseguir apoio internacional e de conquistar a solidariedade política de outros países.
Contudo, aquele profissional alerta para o facto de os jornalistas deverem estar preparados para as consequências, físicas e emocionais, já que as forças militares estão a reforçar a perseguição aos colaboradores dos “media”.
Win assegura que a missão está a ser cumprida pelo jornal que dirige -- o “Myanmar Now” -- que pretende garantir a visibilidade da oposição pública.
Além disso, o jornalista está a trabalhar na criação de uma redacção temporária num país vizinho, para assegurar que nenhuma história deixa de ser contada.
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