Impresa lança “sites” temporários em resposta ao assalto feito por “hackers”
O ataque aos “sites” da SIC e do “Expresso”, realizado pelo pelo grupo de “hackers” Lapsus$, resultou na destruição de todos os arquivos de notícias armazenados nos respectivos servidores, revelou o Grupo Impresa.
A destruição dos documentos pode sugerir que este ataque foi extensivamente planeado, afirmam alguns especialistas.
Assim, como forma de garantir a continuidade das actualizações noticiosas “online”, o “Expresso” e a SIC Notícias lançaram “sites” provisórios.
“Não sendo este o nosso ‘site’, não sendo ainda as circunstâncias ideais para cumprirmos a nossa missão, vamos dar tudo o que temos para não vos deixar mal, nestes dias importantes da nossa história”, refere uma nota da direcção do “Expresso”, publicada na nova versão do “site” daquele semanário.
Já a SIC Notícias referiu que: “até recuperarmos totalmente a situação, este ‘site’ provisório permite-nos voltar a disponibilizar alguns dos nossos conteúdos. Agradecemos aos nossos leitores e espectadores a compreensão. Estamos a trabalhar para recuperar os restantes conteúdos”.
Noutro comunicado, a Impresa fez saber que “reconhece que demorará algum tempo para que a normalidade de todas as operações seja reposta”.
Já sobre os dados pessoais e bancários dos subscritores do “Expresso” e da Opto, a Impresa assegura que, até ao momento, não existem “evidências de que os atacantes tiveram acesso às suas passwords”, ou aos dados dos cartões de crédito utilizados para o pagamento de assinaturas.
Conforme apontaram diversos especialistas, em entrevista para o “Jornal de Notícias”, este ataque não terá sido de “ransomware” clássico, em que o controlo das páginas é devolvido mediante pagamento de resgate.
“Foi uma destruição total, preparada e dirigida”, disse, àquele jornal, uma fonte de uma empresa de cibersegurança.
Janeiro 22
Outro especialista sugeriu, por sua vez, que os piratas poderão ter-se deparado com alguma contrariedade durante o ataque e ter “optado pela destruição dos dados”, na tentativa de obterem dinheiro.
Antes de atacar o Grupo Impresa, recorde-se, o Lapsus$ já tinha estado por detrás de ataques informáticos aos “sites” do Ministério da Saúde brasileiro, do serviço de saúde e do portal Covid — problemas que, embora parcialmente resolvidos, continuam a causar perturbações naquelas plataformas.
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