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Imprensa no feminino dinamizada no interior australiano
Novas revistas e jornais, criados e liderados por responsáveis femininas relacionadas com o mundo rural, têm surgido com o objectivo de combater a falta de diversidade de representação que existe no interior australiano.
Kimberley Furness, editora da Bendigo, declarou que o facto de não existir uma revista que representasse a sua história como “mulher que vive e trabalha na região da Austrália enquanto tenta criar quatro filhos”, incentivou-a a criar o seu próprio título trimestral, a OAK, em 2017.
Este pretende defender as mulheres rurais e regionais nos negócios e foi, por duas vezes, vencedor do Prémio Mulher Rural.
No entanto, esta não foi a única revista a ser criada, já que Annabelle Hickson fundou a Galah e Alice Armitage o Pandaemonium, um jornal trimestral, em Moree.
O objectivo destas empreendedoras não é apenas construir uma representação diversificada da Austrália rural, mas dar, também, a entender as diferenças do estilo de vida dos jovens e adultos, da cidade e do campo.
Hickson explicou que a sua comunidade foi criada a partir das suas redes sociais, newsletters, blog e livro. Actualmente, o jornal tem uma tiragem de doze mil exemplares e ganhou o prémio de Publicação do Ano para Consumidores no Publish Awards 2022.
Novembro 22
Acrescentou, também, que o seu modelo de publicação está dependente do leitor, o que permite que a profissional mantenha “um relacionamento realmente profundo com os seus clientes”.
Também Furness e Armitage concordam com este modelo, destacando a “importância da comunidade que existe para além das edições impressas”. A primeira tem agora um podcast, o que permite alcançar novo público.
Adicionalmente, aquelas responsáveis alcançaram não só público que vive no campo, mas, igualmente, leitores metropolitanos, o que é exemplificado pelo facto do jornal Pandaemonium encontrar 40% dos seus leitores em ambiente urbano.
