Nos últimos meses, o jornalista Enio Moraes Júnior tem vindo a desenvolver uma série de artigos intitulada “Jornalismo no Mundo”, com o objectivo de analisar a liberdade de imprensa e o tipo de cobertura mediática desenvolvido em diversos países.
Este projecto, que está a ser desenvolvido através da plataforma “Medium”, foi reproduzido no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
No artigo mais recente desta iniciativa, Moraes Júnior entrevistou o argentino Miguel Ledhesma, jornalista e fundador da Organização Mundial de Periodismo Turístico (World Travel Journalism Organization, WTJO).
Com isto, os dois profissionais tentaram espelhar a realidade da imprensa na Argentina, que se encontra em 69º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, entre 180 países, e onde “há liberdade de imprensa”, embora se verifiquem alguns “casos de censura”.
De acordo com Ledhesma, a Argentina tem diversas ofertas educativas na área do jornalismo, tanto a nível de “workshops”, como no âmbito universitário, o que facilita o acesso dos jovens a ensino especializado.
O mesmo profissional acredita, contudo, que a educação para o jornalismo ainda é “muito estruturada”, sem espaço “para a criatividade”, o que se reflecte nos “media” nacionais.
Junho 21
Ledhesma afirma, no mesmo sentido, que ainda não existe aposta para a especialização dos profissionais, o que se reflecte numa imprensa mais generalista, e com uma qualidade de informação inferior ao desejável.
A excepção verifica-se na área da saúde, que, no último ano, recebeu muita atenção por parte dos profissionais e do público, no âmbito da pandemia de covid-19.
Neste contexto, o jornalista acrescenta, da mesma forma, que “não há muito espaço para o jornalismo das comunidades locais”; já que a maioria dos “media” está focada naquilo que acontece em Buenos Aires.
Ledhesma afirma, assim, que o país usufrui de liberdade de imprensa, embora se verifiquem, ainda, “ alguns casos de censura”.
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