Sobre o referido "radar" do limite de idade, Henrique Garcia explica: "É um radar que a lei faculta às empresas e que a TVI cumpre à regra. Na Função Pública, as pessoas são compulsivamente reformadas aos 70 anos, mas as empresas privadas não têm essa obrigação. Ninguém me impede de ir pedir emprego a uma empresa privada e ela dar-me trabalho. Mas a TVI leva à letra essa lei." (...)


Sobre se "este país não é para velhos" (título de um livro e de um filme), responde:


"Nem para velhos, nem para novos. Este país não é para ninguém. E para os que estão no activo também não é. Porque são cada vez mais peças descartáveis." (...)


Admite, no entanto, que pode voltar ao activo, sentindo-se na “plena posse das minhas faculdades”:

“Não está ainda nada definido, mas vou estudar alguns convites de gente que acha que eu ainda não estou velho e que posso ser útil em alguns projectos.” Acrescenta que “podem passar pela televisão”. 

De momento, Henrique Garcia declara que vai dedicar-se sobretudo à família: 

“Todo este processo foi secundarizado por uma perda irreparável, a morte da minha mãe. Portanto, agora o mais importante é cuidar do meu pai, que tem 95 anos. Essa é a minha prioridade nesta fase.” 

“Depois, há que cuidar de mim, descansar um pouco. Tenho filhos com netos que vivem fora e que vêm cá no verão. Portanto, nessa altura vou dedicar-me à criançada. Tenho de me aplicar, até porque eles ainda têm pouco contacto comigo. Além disso, já tinha prometido uma viagem à minha mulher. Portanto, para já tenho muito com que me entreter.” (...)

 

 

A entrevista à N-TV, na íntegra, e parte do “Jornal das 8” com a despedida de Henrique Garcia