Há um jornalismo que se reinventa nos EUA atraindo profissionais jovens e veteranos
O artigo que citamos, da Columbia Journalism Review, toma como primeiro entrevistado Chris Sopher, de 28 anos, administrador de The New Tropic, uma publicação em Miami, com dois anos de existência, cujo modelo de negócio depende sobretudo da produção de projectos não tradicionais como eventos públicos entre o cultural e o entretenimento, mas que “levem as pessoas a prestar atenção”.
“Em 2015 nasceram três projectos semelhantes, no espaço de poucos meses. O seu alvo é a geração dos millennials e outras pessoas curiosas e socialmente activas, vivendo em cidades, por meio de publicações online que chegam geralmente na forma de newsletters de diálogo, por e-mail, e de posts nas redes sociais, para além dos requeridos websites. Chris Sopher lançou uma start-up local chamada WhereBy.Us, cuja primeira publicação foi The New Tropic.” (...)
Há o caso de Jim Brady, vindo do WashingtonPost.com, que lançou Billy Penn, com website e newsletter, em Filadélfia; a sua empresa, Spirited Media, acrescentou depois uma publicação em Pittsburgh, chamada The Incline. Há o caso de Ted Williams, que deixou o cargo de director de estratégia digital do Charlotte Observer para criar uma publicação concorrente, com o título de Charlotte Agenda.
Um ano mais tarde, em 2016, Gordon Crovitz veio do Wall Street Journal para lançar Denverite, mais um website com newsletter publicando noticiário local e relatos de eventos em Denver.
O que os leitores destes novos projectos procuram neles pode não ser jornalismo no sentido próprio do termo, nem mesmo a cultura musical associada aos eventos referidos. O autor do artigo que citamos conta que o seu condutor da Uber, que tem tentado a música e as empresas tecnológicas, lhe disse que é assinante de The New Tropic porque o faz sentir-se em contacto com o meio de Miami: “Eu tenho um sonho de um bilião de dólares” – disse ele. “A música não faz ninguém bilionário. Encontrar as pessoas e fazer contactos é que faz bilionários.” (...)
O artigo original, na íntegra, na Columbia Journalism Review, a que pertence também a imagem utilizada