Guia possível para jornalistas sobre dados e estatísticas
A chegada da pandemia fez-se acompanhar do protagonismo do jornalismo de dados, que ajudou a população a compreender a evolução do vírus.
Para que estes números fossem bem recebidos pela população, os profissionais dos “media” tiveram, então, de debruçar-se sobre as análises estatísticas, de forma a explicarem as suas ramificações, bem como os seus possíveis desenvolvimentos, às audiências.
Contudo, esta “arte” mostrou-se complexa para alguns jornalistas, pelo que Tim Harford, colunista do “Financial Times”, deixou uma lista de sugestões, no “site” do Reuters Institute for Journalism, para ajudar aqueles que desejem melhorar as suas competências na área.
Para começar, Harford considera que os jornalistas devem estar conscientes das suas fraquezas, já que são mais ingénuos do que pensam e que os seus preconceitos dificultam o tratamento objectivo de novas informações.
Setembro 20
Além disso, Harford sugere que os profissionais estejam atentos às suas reacções emotivas, quando confrontados com novos dados estatísticos. “[Os jornalistas devem pensar:] O que é que eu sinto sobre isto? Qual é a minha reacção emocional ao que acabam de me dizer? Embora seja impossível ultrapassar completamente as nossas reacções, estar calmo e reparar como nos sentimos é essencial”, considerou.
Da mesma forma, os profissionais deverão tomar especial atenção aos “dados surpreendentes”, já que “.podem ser surpreendentes porque são novos, ou, simplesmente, porque estão errados",
Por fim, o jornalista aponta que é essencial manter a “mente aberta”, fazer as perguntas certas e ser céptico. Desta forma, os jornalistas conseguirão abordagens saudáveis para lidar com qualquer assunto.
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