Guia possível com directrizes para jornalistas em manifestações
Sabe-se que, em algumas manifestações, os jornalistas acabam por ser agredidos pelas autoridades, que os tomam como cidadãos em protesto.
Este tipo de acção põe em causa não só a liberdade de imprensa, como, igualmente, a integridade física dos profissionais.
Perante este cenário, o instituto Poynter reuniu um conjunto de directrizes destinadas a proteger jornalistas, no decurso de manifestações, que tenham necessidade de cobrir.
De acordo com o guia, a conduta dos jornalistas é essencial. Assim, de forma a não serem visados pelas autoridades, o instituto Poynter sugere que os colaboradores dos “media” permaneçam calmos e utilizem indumentárias que os distingam dos manifestantes.Neste sentido, os jornalistas devem estar devidamente identificados, com as respectivas credenciais à vista.
É, igualmente, importante, que os profissionais não atraiam as atenções, quer através de luzes fluorescentes , quer de outro tipo de material de grande porte.
De qualquer forma, é importante que as câmaras estejam sempre a gravar. Assim, os jornalistas guardam sempre provas de qualquer incidente. Como tal, os profissionais devem certificar-se de que sabem operacionalizar os vários equipamentos.
Além disso, os colaboradores dos “media” devem recordar-se de que não são obrigados a entregar o material de reportagem às autoridades. Em caso de dúvida, será conveniente ter o contacto de um advogado.
Janeiro 21
O Instituto Poynter alerta, ainda, para a importância de prestar atenção a possíveis alterações no áudio, já que estas podem indicar a aproximação de um tumulto.
É, também, crucial que os profissionais evitem estar a reportar no meio de multidões, e que tenham sempre um plano de saída. Neste sentido, uma boa condição física pode fazer a diferença.
Um “kit” de primeiros socorros, uma garrafa de água, protecção para os olhos e máscara respiratória são outros objectos essenciais neste tipo de reportagem.
O Instituto Poynter sugere, igualmente, que os jornalistas façam pesquisa antes de irem reportar uma determinada manifestação. Os tópicos de investigação devem incluir, por exemplo, o nível de violência daquela zona.
Por fim, o Instituto apela aos jornalistas que dêem prioridade à sua própria segurança, em detrimento de uma história.
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