“Guerra dos dados” é paradoxo jornalístico no Brasil
No Brasil, a vaga de desinformação está a ser incrementada pelo Governo, que declarou uma “guerra dos dados” ao jornalismo, uma modalidade de estratégia política que visa a proliferação da insegurança informativa.
Esta situação torna-se ainda mais preocupante face à pandemia, já que qualquer informação falsa pode prejudicar a saúde pública.
Assim, os jornalistas brasileiros devem estar ainda mais alerta e trabalhar em conjunto, para garantir a objectividade das notícias, considerou Carlos Castilho num artigo publico no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Segundo o autor, estamos a atravessar um paradoxo inédito: quantos mais dados são disponibilizados, maiores incertezas e dúvidas são suscitadas.
“Trata-se de uma reviravolta na nossa cultura informativa, que exige uma revisão profunda das atitudes de jornalistas e cidadãos perante conteúdo informativo”, conforme refere Castilho.
Junho 20
O autor reconhece que o actual panorama é desafiante, mas apontou algumas estratégias para enfrentar o problema da melhor forma possível.
Primeiramente, é importante que as redacções desenvolvam processos internos, incentivando o escrutínio de fontes e de dados. É, também, crucial, tentar apurar a origem de informação transmitida via internet.
Além disso, os jornalistas devem trabalhar para desenvolver uma relação de confiança e proximidade com a sua audiência, ajudando o público a perceber que publicações vale a pena consultar.
Da mesma forma, a informação noticiosa deve primar pela transparência e imparcialidade, permitindo aos cidadãos “descodificar” os artigos de opinião.
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