Em declarações ao CPJ, Raúl Peñaranda, editor do “site” de notícias independente “Brújula Digital” disse acreditar que o documento se destinava a criminalizar boatos difundidos pela oposição política.


Entretanto, Rafael Loayza, reitor da Faculdade de Comunicação da Universidade Católica da Bolívia, reiterou que o artigo, de formulação vaga, poderia ser usado contra repórteres por um governo “extremamente sensível às críticas”.


De acordo Loayza e Peñaranda, Jeanine Añez, que substituiu o Presidente Evo Morales após a sua demissão, em Novembro, e está a actuar como presidente interina até às próximas eleições nacionais, ainda não implementou o decreto.


Desde que assumiu o poder, o Governo provisório de Añez fechou várias emissoras independentes e assediou jornalistas críticos. Em Janeiro, a ex-ministra das Comunicações de Añez, Roxana Lizárraga, declarou que, na Bolívia, a liberdade de expressão "tem os seus limites".