Governo português reage às restrições dos “media” em Macau
O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que o Governo “espera e conta” que a China cumpra a Lei Básica de Macau, na sequência de uma directiva que exige uma “linha editorial patriótica” aos jornalistas de língua portuguesa e inglesa da Teledifusão de Macau (TDM).
Referindo que Macau está em “transição desde a transferência da administração portuguesa para a administração chinesa”, em 1999, Augusto Santos Silva frisou que esse processo é regulado “por uma lei, que resulta do acordo entre a China e Portugal, que se chama Lei Básica e que, por um período de 50 anos – portanto, de 1999 até 2049 – (…) define os termos” da mudança.
“Essa Lei Básica é muito clara na garantia da liberdade de imprensa e, portanto, da mesma forma que Portugal respeita, escrupulosamente, a Lei Básica em Macau, Portugal espera que a República Popular da China também respeite, escrupulosamente, a Lei Básica em Macau, designadamente, (…) em matéria de liberdade de imprensa”, sublinhou.
As declarações de Augusto Santos Silva surgem após pelo menos cinco jornalistas portugueses da TDM terem apresentado a demissão em resposta à nova directiva da emissora pública.
Estas orientações foram, igualmente, criticadas pela Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM) e pelo Sindicato de Jornalistas de Portugal, assim como pela Associação de Jornalistas de Macau, que representa profissionais dos ‘media’ de língua chinesa.
Março 21
Por outro lado, o chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, negou que o território esteja a impor restrições à liberdade de imprensa, acrescentando que “os ‘media’ são patrióticos e amam a região administrativa especial chinesa”.
O tribunal de Paris ordenou o bloqueio do site News.DayFr, acusado de plagiar artigos de cerca de 40 meios de comunicação franceses e de os reproduzir com o auxílio de inteligência artificial...
O Reuters Institute apresenta num artigo a ideia de que a confiança nas notícias continua em declínio. De acordo com o Digital News Report mais recente, apenas 40% das pessoas inquiridas em 47...
Carlos Castilho, no seu mais recente artigo para o Observatório de Imprensa do Brasil, parceiro do CPI, analisa o uso crescente do “grotesco em matéria de manipulação de informações com fins...
Embora se definam apenas como plataformas tecnológicas, as redes sociais influenciam as opiniões pessoais. Os especialistas em comunicação, como Rasmus Kleis Nielsen, autor do artigo News as a...
De acordo com Carlos Castilho, do Observatório de Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém uma parceria, o jornalismo enfrenta, actualmente, dois grandes desafios, nomeadamente,...
Num texto publicado no media-tics, o jornalista Miguel Ormaetxea, reflectiu acerca da receita de publicidade digital dos media, que, em grande parte, fica nas mãos de grandes empresas de tecnologia,...
Num texto publicado na revista ObjETHOS, um dos seus pesquisadores, Raphaelle Batista, reflectiu sobre o papel que o jornalismo teve no Brasil durante 2022, assim como o que deve ser mudado.
Batista...
O Journalism Competition and Preservation Act (JCPA), um projecto de lei que pretendia “fornecer um 'porto seguro' por tempo limitado para algumas organizações de notícias negociarem...
Algumas organizações criaram um novo guia, Dimensions of Difference, para ajudar os jornalistas a entender os seus preconceitos e a cobrir melhor as diferentes comunidades. Este projecto baseia-se...