Isto levou as organizações Hungarian Civil Liberties Union e Political Capital junto da Comissão Europeia, acusando os “media” húngaros de continuarem a disseminar propaganda pró-Kremlin, no contexto da guerra russo-ucraniana.


Em resposta a esta acusação, um porta-voz do governo húngaro afirmou que a liberdade e diversidade de imprensa estavam protegidas ao abrigo da Constituição, e que as leis dos “media” serviam, apenas, para travar o aparecimento de monopólios.


“O governo não dirige os ‘media’ públicos. Se olharmos para a imprensa húngara, vemos que existem várias opiniões a serem partilhadas. Isto é muito diferente do que acontece nas sociedades ocidentais. Aqui, cerca de 50% dos meios de comunicação são conservadores, enquanto 50% são progressivos. Chamamos a isso pluralidade mediática”.


De acordo com a Freedom House, a Hungria é um país parcialmente livre, onde os jornalistas independentes são perseguidos. 


Aliás, em 2020, o “Index”, uma das principais publicações independentes daquele país, passou a ser controlado por apoiantes do governo.


Além disso, no âmbito da pandemia de covid-19, o governo proibiu a disseminação de “notícias falsas” sobre a gestão da crise sanitária.


A Hungria encontra-se em 92º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, entre 180 países.