Os jornalistas que assinaram o documento quiseram, contudo, deixar claro que "estas linhas não se destinam a defender ou condenar a gestão da crise do coronavírus por parte do governo, mas a assegurar que os media possam desempenhar a sua função, sem mordaças e sem dificuldades acrescidas". Exigem, igualmente, uma "alteração imediata do procedimento". 

Os signatários recordaram, também, que "as dificuldades técnicas não passam de desculpas" uma vez que, decorridas mais de duas semanas desde o decreto sobre o estado de emergência, outros países têm vindo a melhorar a interacção com a imprensa, através da utilização de “apps” que permitem perguntas em directo.

Na sequência da publicação do manifesto, o Governo vetou todas as questões colocadas pelos “media” signatários, numa conferência de imprensa dos ministros da Saúde e do Consumo. 

O ex-presidente do Governo, Felipe González, já expressou a sua indignação perante a atitude do executivo face aos “media”, e apelou a que nas conferências de imprensa, os líderes do país transmitissem mensagens apaziguadoras.

Fotografia recolhida no Ok.diário