A última edição impressa de Ultima Hora, o maior diário do estado venezuelano de Portuguesa, saíu com o título “Pausa forçada!”, sobre fundo negro, na primeira página.

Segundo notícia do Público, que aqui citamos, “fundado há 42 anos, o Ultima Hora é o jornal mais influente do estado de Portuguesa, com cerca de um milhão de habitantes. A sua linha editorial é claramente contrária ao Governo de Nicolás Maduro, como se percebe pelas notícias que dominam o site  – agora o único meio de ligação aos seus leitores”. 

A meio da tarde de 31 de Agosto, a primeira página do site do jornal Ultima Hora era dominada precisamente pelos trabalhos da Constituinte, com uma entrevista ao deputado Franco Casella, da Mesa da Unidade Democrática. Como deputado da oposição na Assembleia Nacional, Casella considera que a Assembleia Constituinte é “uma farsa”, e que o seu único objectivo é “provocar medo e inquietação” entre os opositores. 

“Os 545 representantes da Assembleia Constituinte foram eleitos no dia 30 de Julho, em eleições boicotadas pela oposição, e a sua tarefa oficial é rever alguns artigos da Constituição para  – segundo Nicolás Maduro –  aperfeiçoar a revolução bolivariana iniciada por Hugo Chávez. Os opositores dizem que essas alterações têm como objectivo facilitar a repressão e calar os protestos nas ruas.” 

O nome do estado provém de uma tradição segundo a qual, no tempo da conquista hispânica, uma jovem portuguesa que acompanhava a expedição morreu afogada nas águas caudalosas do rio Temerí, que passou depois a ter este nome, assim como o estado em que se situa. 

 

Mais informação no Público; esta última edição impressa de Ultima Hora