Governo chinês aperta o controlo das publicações online
A descrição das restrições impostas não deixa espaço para quase nada. Segundo notícia do DN – Media online, não poderá ser publicado “qualquer tipo de conteúdo (‘textos, imagens, mapas, jogos, animações, áudios e vídeos’) que seja ‘prejudicial para a segurança nacional, integridade territorial ou vá contra tradições e costumes étnicos’, que revele ‘segredos de estado’, ‘espalhe rumores que perturbem a ordem social ou ponham em causa a estabilidade’ do país”.
Uma notícia da agência Quartz acrescenta que, mesmo fazendo as empresas autorizadas a sua auto-censura, é exigido que todo o seu “equipamento técnico, servidores correspondentes e sistemas de arquivo” sejam sedeados em território chinês.
Este espartilho é constrangedor mesmo para as empresas chinesas, pondo-se a questão de saber até que ponto será possível levá-lo à prática. Em declarações à Quartz, a directora do Journalism and Media Studies Centre de Hong Kong, Ying Chan, diz que estas medidas não serão fáceis de aplicar:
“Governar a Internet com regras da idade do texto impresso não funciona. Como é que se licenciam os media numa era em que qualquer pessoa se pode tornar escritora e editora? Com este conjunto de regulamentos, o Governo está a combater, ao mesmo tempo, as forças do mercado e a tecnologia.”
Mas a curto prazo, ainda segundo a notícia do DN, limita muito a vontade de uma rede social como o Facebook “conseguir penetrar num mercado com, aproximadamente, 700 milhões de utilizadores de Internet”.
Este proteccionismo, “que surge enquadrado numa política mais abrangente da China em cortar progressivamente a influência (financeira, cultural e social) de países estrangeiros, acaba por beneficiar, pelo menos no imediato, a Weibo (conhecida como o Twitter chinês) que, em 2015, registava uns impressionantes 222 milhões de utilizadores activos (o Facebook tem 1,55 mil milhões)”.Mais informação na notícia do DN e na da Quartz: