Franceses divididos sobre o tratamento mediático da pandemia
Em França, embora a confiança dos “media” tenha vindo a aumentar, o tratamento mediático da pandemia continua a dividir opiniões.
Pelo menos, esta é a conclusão do barómetro anual realizado pelo Instituto Kantar, entre 7 e 11 de Janeiro, para o diário “La Croix'.
De acordo com o relatório, a rádio continua a ser considerada a fonte mais fiável, ao conquistar a confiança de 52% dos cidadãos, o que representa um crescimento de dois pontos percentuais, face ao ano passado. Seguem-se-lhe a imprensa escrita (com 48%) e a televisão (42%).
A confiança na internet está, igualmente, a registar progressos, embora se mantenha, significativamente, baixa (28%).
Contudo, quando inquiridos sobre a cobertura mediática da pandemia, os franceses mostram-se divididos: 44% de opiniões positivas contra 43% negativas.
Por outro lado, nove em cada dez franceses pensam ter sido bem informados sobre as medidas de prevenção. Além disso, três quartos dos cidadãos dizem que as notícias sobre o confinamento passaram a mensagem de forma eficaz.
De acordo com o sociólogo Arnaud Mercier, estes dados demonstram que os “media” forneceram um serviço de qualidade durante a crise sanitária.
Janeiro 21
Contudo, registaram-se falhas quanto à colaboração com especialistas e à desmistificação de “fake news”.
Estelle Cognacq, editora-executiva da Franceinfo, observou, por sua vez, uma certa "ambiguidade" do público. "Os franceses pensam que se falou demasiado de Covid, mas, hoje em dia, estes são os assuntos que funcionam melhor. O público exige saber qual é a nossa posição sobre o tema das vacinas, variantes e novo confinamento”.
A opinião é partilhada pela jornalista da BFMTV, Adeline François, que observou que, seja qual for o assunto, desde a economia ao teatro, até à gastronomia, "voltamos sempre a falar da Covid".
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