“No momento em que os deepfake  -  vídeos manipulados com apoio de ferramentas de inteligência artificial -  começam a encontrar eco na Net, e quando o governo se mobiliza contra a manipulação da informação, os media são entendidos como promotores de fake news. Quase metade (48%) dos franceses acham que o jornalismo impresso (jornais e revistas) produz muitas informações falsas.” 

Esta taxa ainda é maior (52%) a respeito da televisão e da rádio. 

Também quanto ao que se passa online, território em que a Ipsos abarcou um espectro muito largo, juntanto o que se lê nos sites de informação mas também o que vem nas redes sociais, é possível chegar a 63% de cidadãos que acham que muito do que lêem é falso.

Os dados revelados são ainda mais inquietantes noutros países, com 82% dos sérvios, 78% dos húngaros e 68% dos russos a entenderem que os seus jornais e revistas partilham informações falsas; para a televisão e a rádio, as respectivas taxas são de 74%, 73% e 71%. 

Ainda na França, 40% dos inquiridos consideram “necessário” o serviço do audiovisual público (Radio France, France Télévisions, Arte e France Médias Monde). Mas um pouco menos de um terço (30%) considera estes meios “ultrapassados, elitistas ou burocráticos”. 

O estudo é baseado nos dados colhidos por inquérito online, junto de 19.541 pessoas de 27 países de todo o mundo  - Portugal não é mencionado. Em França foram entrevistados mais de 1.000 cidadãos, de idades entre os 16 e os 64 anos. 


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