Fragilidades dos jornais tradicionais contagiam “websites” independentes
Há geralmente dois tipos de pessoas que fundam estes jornais digitais independentes, “hiper-locais”: o primeiro é o dos jornalistas despedidos; o segundo é o de dirigentes de negócios na comunidade, procurando preencher um “nicho”. É a avaliação de Matt DeRienzo, director da Local Independent Online News Publishers, uma organização que serve estes sites.
Mas alguns jornalistas não têm o conhecimento do negócio para o fazer funcionar. “Muitos pensam que, por serem grandes jornalistas, fazem grande jornalismo, e o dinheiro naturalmente aparecia.” - conta DeRienzo.
“Equipas diminutas, e inexperiência do lado económico deste negócio, colocam toda a pressão pelo sucesso em cima de uma pessoa.” (...)
Ashley McBride descreve vários exemplos concretos, começados sempre com muita esperança e encerrados ou vendidos pelos próprios fundadores, com desilusão e amargura.
Um deles é contado por uma senhora, Joni Hubred-Golden, que, depois de ter sido dispensada, em Janeiro de 2014, do jornal Patch, fundou o Farmington Voice em Agosto do mesmo ano, por insistência de membros da comunidade e outros amigos jornalistas.
Passados quase três anos, decidiu encerrá-lo em Março de 2017, mas não foi capaz de o vender. “Eu acho que uma pequena parte de mim continua a ter a esperança de que algum dia seja capaz de o reviver” - Hubred-Golden.
O artigo citado, na íntegra, em Poynter.org, e o texto de despedida de Joni Hubred, no Farmington Voice